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terça-feira, 24 de maio de 2011

CATADOR SEVERINO JR É RECEBIDO PELA PREFEITA DE NATAL





O Catador e articulador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis-MNCR Severino Jr foi recebido em audiência pela Prefeita Micarla de Souza. Divesos assuntos relacionados aos catadores foi levado ao conhecimento da Prefeita. Em breve postaremos mais detalhes, pois Severino Jr. encontra-se na França participando do SEGUNDO ENCONTRO FRANCO-BRASILEIRO "DÉCHETS ET CITOYENNETÉ(LIXO E CIDADANIA)

domingo, 22 de maio de 2011

CATADOR MADE IN BRAZIL

















De 17 a 29 de maio de 2011 a FUNDAÇÃO FRANCE LIBERTÉS organiza em Paris, Beauvais, Sanit Denis e Aubervilliers, em parceria com o Consórcio de Prefeituras de Plaine Commune e uma rede de cooperativas e associaçoes O SEGUNDO ENCONTRO FRANCO-BRASILEIRO "DÉCHETS ET CITOYENNETÉ(LIXO E CIDADANIA).



O objetivo desses encontros é de construir, reforçar e manter uma cooperação franco-brasileira na área de residuos, promover e valorizar o papel da economia popular no gerenciamento e na cadeia dos resíduos, conscientizar o público francês sobre a importância da questão social e desenvolver a dimensão política da gestão dos resíduos favorecendo o diálogo com as instâncias de decisão.




Severino Junior, catador representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR, participará assiduamente do encontro para levar sua experiencia ao povo francês.

sábado, 14 de maio de 2011



Lula e o encontro com os catadores

Não foi só com os executivos da Ambev que Lula se reuniu nesta semana. Na quarta-feira, 11, o ex-presidente recebeu cinco catadores no Instituto Cidadania, na capital paulista. Estiveram presentes lideranças do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). “Fizemos um balanço de todas as ações nos oito anos de governo Lula”, diz Severino Lima Junior, que participou do encontro. Morador de Natal (RN), Severino trabalhava num lixão da cidade. “Agradecemos as ações que foram feitas pelos catadores, tão marginalizados”, afirma.
O ex-presidente Lula se comprometeu a participar da Expocatadores 2011, que será realizada nos dias 9, 10 e 11 de novembro. Os representantes também pretendem convidar a presidente Dilma para o evento, assim como para o Encontro de Mulheres Catadoras, que vai acontecer ente 7 e 9 de junho em Curitiba (PR).
A Expocatadores deste ano será especial para o MNCR, pois o movimento completará 10 anos. Segundo Severino, diversas ações fizeram com que a categoria avançasse muito em qualidade de vida e autoestima. “Houve o reconhecimento profissional, o fortalecimento das cooperativas, o acesso a políticas públicas”, afirma. “Nesses oito anos conseguimos capacitar mais de 50 mil catadores. Queremos dobrar esse número.”
Hoje o movimento estima que existam entre 800 mil e 1 milhão catadores de material reciclável. Apenas de 5 a 10% estão organizados em cooperativas e associações. Os demais trabalham em lixões e nas ruas.
O grande desafio, diz Severino, é que esses catadores saiam das mãos de atravessadores. “Às vezes, eles trabalham por servidão, por cachaça.” Ele também esteve com o Ministro da Casa Civil, Gilberto Carvalho, no início do mês, e uma das demandas apresentadas é fazer um censo para saber quantos realmente estão nas ruas e lixões.
Estudo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação de empresas para fomentar a reciclagem, mostra que 40% de todo o lixo urbano gerado no país é despejado em lixões a céu aberto. Outro dado do estudo é que apenas 8% dos municípios brasileiros dispõem de programas de coleta seletiva. Grande parte do que é reciclado hoje passa pelas mãos dos catadores.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), sancionada em agosto de 2010, incentiva os municípios a implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas. Os municípios que assim fizerem terão prioridade no acesso aos recursos do governo federal. A lei, que tramitou por 20 anos no Congresso, é considerada uma vitória pelos catadores. Assim como o Programa Pró-Catador, estabelecido pelo Decreto 7.405 na regulamentação da lei, em dezembro de 2010.
A luta dos representantes do movimento é que os catadores se organizem melhorando a qualidade de vida. Com tristeza, Severino destaca os dois assassinatos de carroceiros no centro de São Paulo nos últimos dias. “Pedimos ajuda a Lula, para que os casos não fiquem impunes, que haja investigação.”




http://www.revistaforum.com.br/blogdascidades/?p=61

terça-feira, 10 de maio de 2011



Apenas 8% dos municípios fazem a coleta seletiva de lixo




Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% são despejadas em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema que afeta a maioria das cidades - apenas 8% dos 5.565 dos municípios adotam programas de coleta seletiva.
Os dados são de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem e mantida por empresas privadas.
O Brasil tem hoje uma Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Considerada uma vitória do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, o projeto tramitou por 20 anos no Congresso Nacional.
“Nós entramos no circuito porque a primeira lei sequer citava os catadores”, explica Severino Lima Junior, da coordenação nacional do movimento. Segundo ele, a lei é uma das melhores da América Latina .”Hoje a gente tem dados mostrando que 90% do material reciclado passou pela mão de um catador, seja ele de cooperativa ou de rua e lixões.”
A coordenadora de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernanda Daltro, diz que a aprovação da lei foi o resultado de uma grande mobilização de todos os setores envolvidos: a sociedade, o setor produtivo, o governo e os catadores. “A demora da tramitação foi necessária para a adequação de todos os interesses destes setores, do próprio mercado, para atender as exigências, e dos governos, para entender a importância de uma política para os resíduos sólidos.”
A partir do segundo semestre de 2012 os brasileiros poderão ter regras fixas e determinadas pelo governo federal para o descarte adequado de produtos como eletroeletrônicos, remédios, embalagens, resíduos e embalagens de óleos lubrificantes e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista .
Pela lei, os governos municipais e estaduais têm dois anos de prazo para a elaboração de um plano de resíduos sólidos .



Fonte:Agência Brasil
http://www.jornalbrasil.com.br/interna.php?autonum=24550

domingo, 8 de maio de 2011

Natal deixa de reciclar e volta a ter lixão


A irregularidade da limpeza urbana de Natal levou a atividade a regredir pelo menos sete anos, voltando para 2004, quando o lixão do bairro de Cidade Nova funcionava "a todo vapor", prejudicando ambientalmente a área. A situação é grave ao ponto do percentual de lixo reciclado ter se tornado praticamente inexistente na capital e uma boa parcela das pessoas que faziam a coleta seletiva ter sido obrigada à degradante atividade de catar detritos em um ambiente sem nenhum padrão de cuidado com a saúde dos que lá trabalham.
Para se ter ideia da situação, há dois anos o percentual de lixo reciclado girava em torno de 1% e hoje está em cerca de 0,25%. Os atrasos nos pagamentos das empresas prestadoras de serviço da Urbana resultou no acúmulo de resíduos no lixão de Cidade Nova, que deveria funcionar apenas como estação de transbordo do lixo, a ser enviado para o aterro sanitário de Ceará-Mirim.

Cerca de 80 catadores estão sem trabalhar por falta de condições de fazer a coleta. Sem emprego, muitos deles, somado a outro montante de carroceiros, estão encontrando sustento no lixão desde novembro de 2010. Um trabalho feito de forma degradante, realizado na maioria das vezes no período da noite, na hora que ninguém está vendo e não há fiscalização.

Quando começou, no ano de 2002, a Associação de Catadores de Material Reciclável (Ascamar) deu início às suas atividades junto com a cidade de Londrina e chegaram a virar exemplos nacionais no trabalho de coleta seletiva. Hoje, quase 10 anos depois, Londrina é reconhecida internacionalmente pela atuação nessa área, reciclando 25% de todo lixo da cidade, e Natal saiu do índice de 1% para 0.25%.

Ao longo dos anos, muitas associações surgiram na capital potiguar e deram origem a Cooperativa de Catadores de Material Reciclável (Cocamar) e à Cooperativa de Material Reciclável (Coopcicle). Segundo o coordenador da coleta seletiva da Cocamar, José Anderson Vicente Maia, os trabalhos na coleta seletiva eram feitos com 16 caminhões, empregavam180 catadores e o serviço era prestado com regularidade nos bairros.

"A situação começou a mudar em outubro do ano passado", relatou Anderson. Nesse período, as cooperativas já contavam com apenas 10 carros, e conseguiam recilar 0,5% do lixo de Natal. Com o atraso de seis meses no pagamento dos proprietários dos caminhões, valor que gira em torno de R$ 100 mil, o serviço foi suspenso. Apenas um caminhão, que é de propridade da Cocamar, ficou funcionando. "A Prefeitura nunca colocou uma gota de combustível para ajudar nessa época", lembrou Anderson. A Urbana não tem contrato com os catadores. O que eles retiram do lixo é a única fonte de renda. A contribuição do município para esse serviço é oferecer o fardamento, os caminhões, e os equipamentos de proteção individual. Desde 2009, o fardamento foi entregue apenas uma vez, o que deveria ser realizado a cada seis meses. O caminhões voltaram a ser pagos há menos de um mês, e hoje são seis, três para cada cooperativa e não há equipamentos de proteção individual.Melhorias

Anderson afirma que no último mês ocorreu alguma melhorias. A volta dos poucos caminhões permitiu o retorno de 10 pessoas ao trabalho. Ele diz que é inevitável que alguns catadores voltem ao lixão, apesar de afirmar que a maioria é carroceiro. "Conversamos com o nosso pessoal para não fazer isso e a maioria compreendeu", esclareceu. Informações dão conta de que as catações nas montanhas de lixo acontecem durante a noite, horário que não há fiscalização da Urbana. Um dos atrativos de quem vai catar lixo é o valor que pode ser arrecadado. Há quem ganhe R$ 500 por semana com o que tira do lixão. Os catadores da coleta seletiva estão ganhando em torno de R$ 300 por mês.

Há muito anos trabalhando dentro do antigo lixão, a primeira vez como carroceiro e depois como integrante da coleta seletiva, José Paulírio Vicente diz que nunca passou por situação pior que a atual. "Essa esteira está quebrada há quatro anos", apontou. José tem esperança que a Prefeitura irá apoiar o trabalho da coleta seletiva e que ele poderá se aponsentar com dignidade.

O diretor-presidente interino da Urbana, Sérgio Pinheiro, diz que a Urbana tem planos para a coleta seletiva. " Eles estão com sete caminhões e nós vamos contratar o caminhão deles. Vamos também estruturar os galpões, capacitar os catadores e já existe a minuta para fazer a contratação das cooperativas", garantiu. A ideia da Urbana é continuar com a coleta seletiva porta a porta. Isso faz com que a esteira parada há quatro anos não seja mais usada, embora ele garanta que o equipamento será consertado. " As experiências de coleta seletiva que foram feitas em esteira não deram certo", afirma Sérgio.

http://www.diariodenatal.com.br/2011/05/08/cidades2_0.php