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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Prefeitura assina convênio para melhorar coleta seletiva em Natal

A Prefeitura de Natal em parceria com as instituições que compoem o Programa Água Brasil assinaram na manhã desta quarta-feira (21), um convênio para implementar ações visando melhorar a gestão de resíduos sólidos na capital potiguar, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

O Programa Água Brasil, é concebido pela Fundação Banco do Brasil, a Agência Nacional de Águas e a organização ambientalista WWF-Brasil. Em Natal, o Programa tem foco em Consumo Responsável e Reciclagem, apoiando os catadores de materiais recicláveis, a Prefeitura e a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana). Natal é uma das cinco cidades escolhidas para receber as ações do programa. As outras são Belo Horizonte (MG), Caxias do Sul (RS), Pirenópolis (GO) e Rio Branco (AC).

O acordo foi assinado durante realização de oficina participativa para construção de plano de trabalho de consumo responsável, coleta seletiva e reciclagem de Natal. O evento ocorre nesta quarta (21) e quinta-feira (22), no hotel Monza Palace (Av. Senador Salgado Filho, 3.490, Lagoa Nova).

Assinaram o acordo, além de Cidrin, o secretário chefe da Casa Civil da Prefeitura do Natal, Calazans Louzá, a gerente de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil em Natal, Teresa Cristina Carvalho, o gerente da Divisão para Parcerias, Articulações e Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, Jefferson Vila, o líder do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Severino Lima Junior, e o presidente da Urbana, João Bastos.

De acordo com o presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Natal, Severino Júnior, Natal é a primeira capital de Estado a contratar organização de catadores para fazer a coleta seletiva com base na lei. Segundo Severino, entre os mais de 5 mil municípios brasileiros, apenas 19 fazem a coleta seletiva em parceria com as organizações de catadores.

Atualmente, os catadores de materiais recicláveis de Natal comercializam cerca de 200 toneladas de materiais recicláveis ao mês. E a meta é chegar a 800 toneladas no período.

http://www.dnonline.com.br/app/outros/ultimas-noticias/38,37,38,47/2011/09/21/interna_cotidiano,81282/prefeitura-assina-convenio-para-melhorar-coleta-seletiva-em-natal.shtml

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"DEIXAMOS DE SER OS COITADINHOS PARA VIRAR OS PROTAGONISTAS"

Uma atividade que pouco a pouco vem ganhando força no Brasil e no mundo. A figura do catador de materiais recicláveis torna-se cada vez mais importante. Com a frase "DEIXAMOS DE SER OS COITADINHOS PARA VIRAR OS PROTAGONISTAS", Severino Junior que é um dos representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis-MNCR,  que é também um dos articuladores de Red Latinoamericana de Recicladores e determinado defensor dos direitos dos catadores, iniciou a palestra "O papel do catador de materiais recicláveis na política nacional de resíduos sólidos" no Ciclo de Debates realizado no dia 13 deste mês organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Latas de Alta Reciclabilidade-Abralatas  e o Instituto Besc com o apoio do Ministério Público do Pará.
Severino ressaltou a  importância da participação das cooperativas de reciclagem na coleta seletiva de Natal, informou que 90% do que chega a indústria de reciclagem vem pelas mãos dos catadores, argumentou ainda que é preciso discutir estratégias de inclusão.
"Garantir a inclusão social, econômica dos catadores  na erradicação dos lixões e conceber politicas de incentivos, fomento e qualificação dos empreendimentos dos catadores, e arrematou: -Queremos 5% de participação do lucro das empresas que formam redes de coleta seletiva para reciclagem, porque hoje o melhor trabalho de catador para reciclagem de resíduos sólidos é o do Brasil, com 70% de público feminino envolvido no processo".
Severino Junior falou ainda que é preciso autogestão em nossos empreendimentos e tornar forte nossos projetos sociais na área de coleta de resíduos sólidos, sobretudo para garantir políticas públicas para o setor.
O Ciclo de debates organizado pela Abralatas e Instituto Besc tem como objetivo Erradicar a Pobreza e inserir a Economia verde. O evento teve apoio do Ministério Público do Estado do Pará (MPE) e contou com os seguintes painéis e palestras que serviram como estratégias de debates como a Palestra sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos, pelo presidente da Compromisso Empresarial para reciclagem (Cempre), Victor Bicca; Logística reversa da lata de Alumínio para bebidas, por Hênio de Nicola; O papel do catador de materiais recicláveis na nova política nacional de resíduos sólidos, por Severino Lima Júnior, membro da articulação do movimento nacional dos catadores de materiais recicláveis; A visão pública sobre a política nacional de resíduos sólidos, pela procuradora de justiça, Maria da Graça Azevedo da Silva.
O evento atendeu as diretrizes básicas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Pnrs) a ser implementada em todo o País, conta com o apoio e acompanhamento dos Ministérios Públicos brasileiros.

texto: Valdemir de Lima.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Papel do catador de reciclável é analisado em evento

Trabalho em cooperativas foi incentivado dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Atividade em grupo fortalece a venda direta à indústria

Tudo começa com a bauxita, um minério que pode ser encontrado naturalmente no Brasil. Após ser refinada, ela dá origem ao pó branco e fino, similar ao açúcar, a alumina. O pó pode ser encontrado desde pasta de dentes até em carpetes. Em seguida, por meio de um processo eletroquímico, a alumina é transformada em metal alumínio, um material infinitamente reciclável.
Todo este o processo é o principio da fabricação da lata de alumínio, matéria-prima de muitos dos catadores de material reciclável que compareceram ao auditório do Ministério Público do Estado da Bahia, para o Ciclo de Debates Abralatas: Erradicação da pobreza na Economia Verde. O evento, realizado na quarta-feira (24), debateu o papel do catador à luz da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010.
Assistentes com vestidos produzidos de tampinhas de alumínio, exposição de artesanato reciclado e uma plateia animada e polêmica, foi essa a mistura que deu tom ao encontro. Compareceram ao debate, o diretor-executivo da Abralatas, Renault Castro; o presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca; o coordenador da comissão de reciclagem da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Hênio de Nicola; o promotor e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público da Bahia, Marcelo Guedes; a coordenadora socioambiental da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, Tônia Maria Dourado; o representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Severino Lima Junior; o representante do Fórum Estadual Lixo e Cidadania Elias Pires; o representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis no Estado da Bahia, Ubiratan Santa Bárbara; e o presidente da Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape), Sérgio Nascimento.
Por ser reciclável infinitamente e sem perder a qualidade a latinha lidera o ranking de reciclagem no País, tendo um aproveitamento de 98%. A reciclagem da latinha economiza 95% da energia utilizada para a fabricação de uma nova, segundo a Abal. A redução do custo enérgico da reciclagem representa a energia consumida anualmente no estado do Ceará.
Já o plástico PET, que ocupa a segunda posição, fica bem atrás, com 56% do material reciclado. “A gente construiu um modelo de reciclagem de sucesso”, avalia Victor Bicca, presidente do Cempre, e completa: “Estamos vivendo um momento de mudanças de hábito e precisamos trabalhar duro na educação ambiental”.
Catador – Para a maioria dos presentes, o catador de material reciclável deve se cooperativar para tornar-se mais forte e vender diretamente para a indústria, excluindo a odiada figura do atravessador – pessoa que compra do catador e vende para indústria. Geralmente, o atravessador compra um quilo de alumínio do catador por R$ 1,80 e vende à indústria por mais de R$ 4. Ele é o principal fornecedor atual de material reciclável para a indústria, sendo responsável por 95% do que as empresas reciclam.
Existem no Brasil cerca de 700 cooperativas, que abrigam de 800 mil a um milhão de catadores de material reciclável. De acordo com Severino Lima, o catador fica com apenas 10% do lucro da reciclagem. “Temos que batalhar para trabalhar em rede”, sentencia, defendendo o protagonismo do catador na venda direta para as indústrias. “Investimento no catador é bom e barato”.
Resíduos – A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece alguns marcos fundamentais, como a obrigação da logística reversa para matérias da indústria, a destinação de recursos às prefeituras que apoiarem os catadores de material reciclável e a extinção dos lixões até 2014. Este último item é considerado o mais difícil de pôr em prática. De acordo com Tânia Dourado, a Bahia está discutindo o plano estadual de resíduos sólidos e vêm avançando na área. “O modelo tecnológico para o encerramento dos lixões é um desafio muito grande”, diz.
Segundo ela, a partir de 2012, o governo estadual discutirá com as prefeituras os melhores modelos a serem adotados para a construção de aterros sanitários regionais. “É uma ansiedade de todos. Mas a primeira coisa que temos que fazer é planejar”, afirmou ela, dizendo que não pode discutir o modelo antes da aprovação do plano estadual. A sugestão da Sedur para a gestão de resíduos sólidos são os convênios e consórcios públicos entre as prefeituras. “Entedemos que qualquer que seja o modelo implantando tem que ter transparência, eficiência e inclusão social”, afirmou o promotor Marcelo Guedes. “Temos que quebrar com essa lógica dos municípios que trabalham isoladamente”. Para ele, a prefeitura de Salvador deveria aproveitar os incentivos da copa do mundo. “É uma boa oportunidade”.

artefatos de aluminio


http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/ultimas/papel-do-catador-de-reciclavel-na-nova-politica-nacional-de-residuos-solidos-e-analisado/