Seguidores

OBRIGADO POR VISITAR NOSSO BLOG, FIQUE ATUALIZADO COM NOTÍCIAS DO UNIVERSO DOS CATADORES>

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Cadela faz 'plantão' por dono que é catador de materiais recicláveis em frente a centro de tratamento



A amizade entre uma cadela e um morador de rua de Salvador chama a atenção de funcionários de um centro público para tratamento de viciados em álcool.

A vira-lata Nina faz "plantão" em frente ao Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas desde que seu dono, o catador de material reciclável Renato Mário dos Santos, 43, foi internado para passar por reabilitação no local, em 1º de julho.

A cadela acompanha Santos há cerca de dois anos. Quando o catador a conheceu, era ela quem precisava de ajuda. Estava ferida, subnutrida e sangrava após uma cirurgia de castração malfeita. Santos conta que cuidou da vira-lata como se fosse uma filha.

Agora, parece que Nina procura retribuir os cuidados do amigo. A enfermeira principal do centro, Cléa Guimarães, afirma que, com a presença da cadela, Santos e seu companheiro, o também catador Jorge Luís Santos, 28, estão respondendo melhor ao tratamento contra o vício.

"Os dois pensavam em abandonar o tratamento, mas com a aproximação de Nina estão mais suscetíveis à reabilitação", diz.

Santos afirma ter começado a beber há pouco mais de um ano, quando passou a trabalhar como catador na capital baiana. "Ganhava cerca de R$ 30 por dia e gastava tudo com bebidas", diz.

Ele conta que saiu de São Paulo para curtir o Carnaval em 2010 e não conseguiu voltar após perder o dinheiro num assalto. Desde então, não fala com os irmãos. Agora, tem planos de largar o vício e construir uma família ao lado de Jorge e, é claro, de Nina.

 http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=25118

Lei ‘fecha o cerco’ para prefeitos e candidatos que não tratarem de lixo

A partir de agosto de 2014, serão proibidos os lixões a céu aberto no Brasil (Foto: Marcello Casal/Abr)
Com a proximidade das eleições municipais, discussões sobre coleta seletiva, destino do lixo, reciclagem e consumo consciente figuram entre os temas centrais dos debates entre candidatos, mas, muitas vezes, nada sai do papel. O que pouco se sabe, porém, é que até 2014 promessas não deverão ser apenas isso: daqui a dois anos todos os lixões a céu aberto deverão ser transformados em aterro sanitário. O depósito de resíduos sólidos nesses locais deve ficar restrito a objetos e rejeitos que não tenham mais utilidade.

Com isso, será penalizado o administrador público que deposite em aterros os rejeitos que ainda possam ser reutilizados – seja para compostagem, no caso de lixo orgânico, seja de reciclagem, no caso de materiais de composição reutilizável. Prefeitos e candidatos, portanto, terão o “cerco fechado” com a obrigatoriedade do destino correto. E quanto aos cidadãos e às empresas, corresponsáveis pela questão, restam a prática e a consciência de consumo.

“Um dos dramas do Brasil é que quase todos os aterros sanitários acabaram como lixões. Quase todos por descontinuidade, por desconhecimento ou mesmo por contradições. A maior parte desses locais que poderia ser utilizado de maneira correta do destino do lixo, não fazem”, afirma o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Pedro Wilson Guimarães.

A Lei 12.305, conhecida como Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em 2010, traça objetivos e números para que todos os municípios se adaptem a uma outra gestão de resíduos, diferente desta que se aplica atualmente. De um lado está o poder público, oferecendo serviços suficientes de coleta e destino corretos dos resíduos, além de aplicar e trabalhar o tema da consciência ambiental e de consumo. E, de outro, os cidadãos, participantes e favorecidos de toda a mudança de política ambiental, de saúde e de tantos outros temas que se relacionam com a questão.

2 de agosto foi o último dia para que estados e municípios interessados em investimentos do governo federal na área de resíduos sólidos entregassem ao Ministério do Meio Ambiente um plano de gestão para resíduos sólidos. Havia a possibilidade também de que as prefeituras que fazem parte de consórcios intermunicipais pudessem, em conjunto, elaborar um plano de gestão de resíduos sólidos. Segundo o ministério, 488 municípios receberam recursos federais para a elaboração de seus planos.

Segundo o secretário Pedro Wilson, um dos melhores caminhos para o cumprimento da lei que entrará em vigor em 2014 é que os municípios se integrem para a utilização dos aterros sanitários. “Cada município pode procurar outro próximo e fazer uma parceria regional. A solução agora é não estar sozinho”, disse.

“Somando os municípios que acessaram recursos da União e outras iniciativas independentes que nos foram informadas, a estimativa é de que cerca de 50% da população brasileira reside em municípios que estão elaborando ou executando seus planos”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Estanislau Maria, coordenador do Instituto Akatu para o Consumo Consciente, aposta no sucesso da aplicação da nova lei. Para ele, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos é “ideal e sofisticado, mas, para isso, não pode ter um tempo de adaptação infinito”. “A aplicação dessas condições propostas pela lei significa gasto público. Mas se o prefeito apresentar um bom plano, ele dividirá as responsabilidades, e isso significa que vai gastar menos com lixo”, acredita Maria.

“Essa lei é o início do fechamento do cerco para candidatos e prefeitos que não colaboram com a questão. Agora já não é mais de decisão deles. É lei”, acrescenta. Em 2010, o país gerou 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos – 6,8% a mais que em 2009. Sendo que mais de 40% dessa quantidade vão parar em lixões ou aterros controlados, de acordo com o Centro Multidisciplinar de Estudos em Resíduos Sólidos (CeRSOL) da Universidade de São Paulo (USP).

A consciência e o consumo

O coordenador do Instituto Akatu faz um apelo a todos os envolvidos na cadeia dos resíduos sólidos ao afirmar que o consumo consciente ainda é um dos fatores principais do problema no Brasil. “O consumo e a geração de resíduos estão interligados. A gente precisa de uma educação formal em qualquer nível de governo. Para o consumidor, para as empresas e para os governos reduzirem resíduos, a primeira coisa que deve ser feita é o planejamento do consumo. O consumo, na verdade, é um encadeamento de etapas, é um processo que começa do planejamento de compras e passa pelo desperdício”, pontua.

Nina Orlow, integrante do grupo de trabalho sobre meio ambiente da Rede Nossa São Paulo, acredita que a questão dos resíduos sólidos deve ser indissociável ao consumo. “Não queremos simplesmente tratar do lixo para que ele vá direto para um lugar mais adequado, mas fazer campanhas desde a produção, o consumo, o descarte correto e as possibilidades que esse material oferece”, disse.

Para Nina, um planejamento integrado facilitará a minimização dos gastos de cada município, contudo, deve estar atrelado à realidade local. “Não adianta soluções importadas e pontuais, quando a nossa realidade requer outra abordagem. Para isso, é preciso desenvolver um trabalho que identifique os desafios locais e, ao mesmo tempo, a viabilidade econômica”, afirmou.

A polêmica da incineração

Quando se trata de destino correto para os resíduos sólidos, a discussão sobre processos incineratórios inevitavelmente vira polêmica. Os movimentos de cooperativas de catadores de material reciclável são contrários à incineração, que é a queima do lixo para obtenção de gás ou adubo, argumentando que as queimadas retiram materiais que poderiam ser recolhidos pelos catadores e reaproveitados nos processos de reciclagem. Para Nina Orlow, a incineração deve ser “a última das alternativas, depois de esgotadas todas as outras”, considera. Nina acredita que com a incineração as pessoas terão a falsa de ideia de que não precisarão mais reduzir o consumo.

Pedro Wilson, do MMA, no entanto, é um dos defensores da produção de energia a partir do gás obtido na incineração. “Na Europa eles estão dando preferência para gerar energia, por conta da crise. Mas no Brasil podemos também trabalhar para geração de energia com incineração dos resídios sólidos ou trabalhando a ideia de produção de gas com a biomassa obtida”, con

Mais de 90% dos municípios podem ficar sem recursos federais para saneamento

Brasília – A um dia do prazo final definido pela Lei 12.305/2010, menos de 10% dos municípios brasileiros entregaram o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, prevendo formas de manejo do lixo em cada cidade. A partir de amanhã (2), os repasses de recursos federais para as áreas de saneamento e limpeza urbana serão suspensos para as cidades que não apresentarem o plano.
A obrigatoriedade está prevista na lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010. Apesar do prazo de dois anos, apenas as prefeituras de 400 cidades e os governos de nove estados e do Distrito Federal conseguiram entregar o planejamento.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, do total de planos entregues até hoje, 291 já foram aprovados e contratados. Neste total, estão incluídos os planos estaduais que foram concluídos pelos governos de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Mato Grosso, Sergipe, da Bahia, de Santa Catarina, do Amazonas, de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal.
Com a aprovação e contratação dos planos, o repasse de recursos federais permanece normalizado. Outros 197 planos municipais ainda estão em análise.
Os planos de gestão de resíduos devem incluir, por exemplo, a previsão de audiências públicas com a comunidade local para discutir questões relacionadas ao lixo e a estratégia para a erradicação dos lixões e construção de aterros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos também obriga a desativação de todos os lixões do país até 2014. Como alguns municípios enfrentam dificuldades na execução dessa norma, justificadas, principalmente, pela falta de recursos e burocracia, o modelo de planos intermunicipais têm sido incorporado por alguns estados que optaram pelo estabelecimento de consórcios entre duas ou mais cidades.
Dados do governo federal apontam que mais da metade dos 5.564 municípios brasileiros do país não dão destinação correta para o lixo.
 http://correiodobrasil.com.br/mais-de-90-dos-municipios-podem-ficar-sem-recursos-federais-para-saneamento/494880/

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

RABECÃO LEVA NOVE HORAS PARA RECOLHER CORPO DE CATADOR DE MATERIAIS RECICLAVÉIS




Um assassinato e uma espera de nove horas até a chegada do carro do Serviço Médico Legal, o "rabecão", para levar o corpo. O tempo tornou a perda mais angustiante para a família de um catador de material reciclável, que foi morto em Vila Velha, na Grande Vitória, na madrugada desta quarta-feira (8). Segundo a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), a demora foi porque apenas dois desses veículos atendem a região e um deles está quebrado. Ao todo, para atender a demanda do Espírito Santo, há 5 veículos. Outros 12 são aguardados para os próximos dias.
A demora do rabecão nesta madrugada não foi um caso isolado e, em muitas situações, os carros de funerárias são os que recolhem os corpos, segundo os próprios estabelecimentos. De acordo com a família da vítima, o homem era usuário de drogas, já tinha passagem pela polícia e foi morto dentro da própria casa, no bairro Barramares.
Sobre o caso, o delegado Guilherme Daré, da SPTC, explicou que o conserto do veículo que está quebrado, que atende a região Metropolitana, já está sendo feito. “Acredito que foi por esse motivo que houve a demora, mas o conserto já está sendo feito, assim como o do veículo que fica em Cachoeiro de Itapemirim, que também está quebrado”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, outros 12 rabecões já estão providenciados para atenderem o estado e chegam neste segundo semestre do ano. “Com os cinco que nós temos, sendo um em Cachoeiro, um em Linhares, um em Colatina e dois em Vitória, dá para atender adequadamente, mesmo que às vezes haja alguma demora. Agora, com esses novos, o atendimento vai ficar melhor, sendo que cinco deles ficarão apenas na Grande Vitória”, explicou.

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/08/familia-espera-9h-por-rabecao-e-es-promete-aumentar-frota.html

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ex-presidente se encontra com Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis

O ex-presidente recebeu nesta quarta-feira (1), no Instituto Lula, representantes do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Fundado há 10 anos, o movimento congrega 65 mil catadores no Brasil e tem articulação com outros movimentos internacionais. O MNCR trabalha pela organização da classe dos catadores, que soma cerca de 800 mil pessoas no país. Na pauta de reivindicações dos catadores, está a implantação da coleta seletiva, políticas públicas para os resíduos sólidos, cadastramento dos catadores que trabalham em lixões e a contratação de cooperativas para separação de recicláveis. A proposta é trabalhar pelo desenvolvimento sustentável, levando em conta o papel dos catadores.
Entre as principais críticas dos catadores, está o estímulo a uso de incineradores pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Temos usinas que estão saindo da Europa e vindo para o Brasil, trazendo tecnologias já sucateadas lá fora”, disse Roberto Rocha, da articulação nacional do movimento. “A incineração, além dos problemas ambientais, vai acabar com toda uma cadeia produtiva de reciclagem, que não envolve apenas os catadores, mas muitas outras pessoas”. Marilza Aparecida de Lima, de Curitiba, completa: “não precisa da incineração, tem outras tecnologias, até mais baratas e que os catadores têm condição de dominar”.
Lula ouviu reivindicações do movimento, incentivou os catadores a prosseguirem na pauta com o diálogo com os governos. “Vocês têm uma grande vantagem, o governo federal é aliado de vocês, muitos prefeitos são aliados de vocês”. Lula lembrou ainda que o momento é de oportunidades. “Como o Brasil não tinha nada, está tudo por construir, é hora de vocês participarem nessa construção”.
Os catadores concordaram que o momento é importante. “Estamos num momento crucial. Pela lei, todos os lixões do Brasil precisam acabar até 2014. Os fabricantes serão responsáveis pelo destino das embalagens que produzem. Ou as prefeituras fazem com a gente, ou com grandes empresas da iniciativa privada”, explica Roberto. “Não queremos assistencialismo. Queremos receber pelos nossos serviços”, resume.


 http://www.institutolula.org/2012/08/ex-presidente-se-encontra-com-movimento-nacional-de-catadores-de-materiais-reciclaveis/#.UBpSbKCjsW8